Inadimplência volta a subir no RS e Tapejara soma mais de R$ 51 milhões em dívidas


 
Após um breve recuo em junho, a inadimplência voltou a crescer em julho no Rio Grande do Sul. De acordo com dados divulgados pela Serasa Experian, 41,16% da população adulta do estado está com contas em atraso — são 3,65 milhões de gaúchos nessa condição. Em média, cada inadimplente deve R$ 6.977,00.
Entre os principais credores estão bancos e administradoras de cartões de crédito, que concentram 29% das dívidas. Logo depois vêm as financeiras, com 20%.

A realidade em Tapejara e municípios vizinhos
Os dados da Serasa mostram que Tapejara registra atualmente 5.923 inadimplentes, com um total de 26.285 dívidas que somam R$ 51,8 milhões. Isso significa que, em média, cada morador endividado deve R$ 8.760,00 — valor acima da média estadual.

Nos municípios vizinhos, a situação também preocupa:

Ibiaçá: 696 inadimplentes, dívida média de R$ 9.535,24 por pessoa.
Água Santa: 744 inadimplentes, dívida média de R$ 10.809,26 — a maior da região.
Charrua: 743 inadimplentes, com valor médio de R$ 7.407,98 por pessoa.
Vila Lângaro: 204 inadimplentes, dívida média de R$ 10.010,72 por pessoa.

Apesar de Tapejara concentrar o maior volume total de dívidas, chama atenção o alto valor médio das pendências em municípios menores, como Água Santa e Vila Lângaro, onde a média ultrapassa os R$ 10 mil por inadimplente.

Jovens renegociam, mas faixa mais endividada é de 25 a 45 anos
Na contramão do crescimento da inadimplência, a quantidade de gaúchos que buscaram renegociar suas dívidas de janeiro a julho deste ano aumentou quase 12%, superando a marca de 500 mil pessoas.
O destaque fica para a Geração Z (18 a 25 anos), que registrou 72 mil acordos — um aumento de 44% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar disso, esse grupo representa apenas 10% do total de inadimplentes. A maior concentração de devedores segue entre os 25 e 45 anos.

Como é feito o cálculo
O índice de inadimplência da Serasa Experian considera uma ampla gama de situações: desde títulos protestados e dívidas bancárias até contas vencidas em lojas, cartões de crédito, financeiras e serviços essenciais (energia, água, telefonia, entre outros). Também entram no cálculo os cheques sem fundo.
Essa metodologia mais abrangente permite identificar movimentos cíclicos da economia, muitas vezes refletidos no sistema financeiro com atraso de até um ano.

Texto: Renee Rodrigues Fontana / Olhar Daqui RS
Foto: Divulgação

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