Despertei a sua curiosidade querido leitor? Se eu tivesse falado em “Lei do Retorno” seria mais aceitável?
Claro que sim, sabe por que? Porque Lei do Retorno é justamente a vingança que queremos devolver em uma proporção tão devastadora a ponto de fazer o universo se manifestar, basta ver a altura do nosso nariz sempre que proferimos essa “lei”. Ah! E mais intensa, sim porque nós somos bonzinhos e injustiçados e quem nos feriu é o vilão da história. São as criaturas mais difíceis do mundo, os piores, os que nos magoaram ou nos envergonharam, os que estão marcados pela nossa ira diária, sem dar trégua. Pior ainda se somos obrigados a ver essa pessoa ou ouvir falar dela. Essas coisas acabam com o bom humor, com o dia e com a vida da gente, pois nos refugiamos na nossa humilhação, vencidos. Alguém precisa nos vingar e então conclamamos ela, a implacável “Lei do Retorno”
Mas espera um pouco. Quem é o juiz nisso tudo? Quem define se é injustiça ou merecimento? Eu, na minha razão? Antes de pensar assim, quem sabe seria bom que eu procurasse entender o porquê de as coisas chegarem a tal ponto. Onde eu fui falha ou onde eu permiti que meus limites fossem ultrajados. Talvez eu nem tenha aprendido sobre os meus limites e foi justamente essa pessoa, a quem meu desejo de justiça grita, quem me mostrou que eles existem. Da mesma forma nós nunca saberemos até onde vai nossa força até que sejamos instigados a empregá-la, até aonde nossa paciência consegue suprir a necessidade de paz que ansiamos e o que seríamos capazes para satisfazer nossas ambições.
Precisamos vasculhar nossa consciência para não sermos logrados pelas armações dos nossos pensamentos, dissimulando conceitos até que cheguem a uma condição aceitável que justifique o que desejamos. Injustiça existe sim, maldade muito mais, mas às vezes os transgressores somos nós, de nós mesmos ou dos que se atravessam em nosso caminho.
Precisamos entender dos motivos das coisas nos aconteceram ou chegaram até nós, pois, existe uma outra lei chamada “Lei da Atração” que funciona como um ímã e traz ao nosso encontro justamente o que projetamos consciente ou inconscientemente, positiva ou negativamente. E existe ainda uma outra coisa chamada consequência. Essa sim merece muita atenção, pois na maioria das vezes o que nos acomete são somente consequência das nossas ações e atitudes, a colheita do que plantamos. Ninguém quer uma colheita escassa, mas não consegue ver a semente que planta e pior ainda, não cuida do que plantou.
Então, da próxima vez que pensarmos em “Vingança” vamos ser autênticos, assumir a nossa autoria e nos deliciarmos com nossas artimanhas, porque “Lei do Retorno” é coisa divina e só cabe ao Universo executá-la.