"E que fique bem claro aqui que não estou falando de morte natural, mas sim, verdadeiros homicídios ocorridos nessas instituições por falta de preparo dos proprietários e colaboradores, ganância, descumprimento de normas e fiscalização inadequada ou simplesmente inexistente dos órgãos competentes".
Hoje vamos falar
sobre questões polêmicas, coisas que acontecem e vemos por um determinado
ângulo quando na verdade o contexto é bem mais amplo.
É importante
salientar, antes de adentrar em um assunto tão delicado que, não estou falando,
em hipótese alguma, das instituições que possuem um caráter totalmente sério e
comprometidas com o bem estar de seus pacientes e usuários, pois essas merecem
todo respeito e admiração por realizarem um trabalho que nós mesmos, em sã
consciência não conseguiríamos realizar melhor. A elas minha total admiração.
Me refiro às
negligências que ocorrem em creches, escolas, asilos, clínicas para dependentes
químicos, hospitais, entre outras instituições ligadas à saúde e bem-estar, que
acabam culminando em óbito. E que fique bem claro aqui que não estou falando de
morte natural, mas sim, verdadeiros homicídios ocorridos nessas instituições
por falta de preparo dos proprietários e colaboradores, ganância,
descumprimento de normas e fiscalização inadequada ou simplesmente inexistente
dos órgãos competentes.
Podemos iniciar
mencionando casos de crianças que sofrem violência física e moral nas creches e
“escolinhas”, pois assistimos periodicamente casos de morte por afogamento,
desatenção dos cuidadores e inescrupulosamente descaso por quem deveria estar
atento às normas de segurança e cuidados rigorosos com os filhos dos outros.
Daí vocês me perguntam: mas, será que uma proprietária, professora ou atendente
vai para essas instituições com intenção de matar uma criança? Pois bem. Te
digo que sim ao não estar cumprindo com o mínimo das condições necessárias para
esse estabelecimento funcionar. Pensar diferente é o mesmo que dizer que não há
suicídio quando a pessoa é fumante, bebe, faz uso de substâncias químicas ou
toma remédios em exagero.
A máfia por traz
dessas instituições é tão ampla, sorrateira e manipuladamente orquestrada que
quando ocorrem as situações extremas que aparecem na mídia pensamos ser uma
tragédia. Na verdade, é a tão chamada “tragédia anunciada”, aquela que está na
nossa “cara”, que vai acontecer, mas nós ficamos inertes esperando que ocorra. Precisamos
tanto que alguém cuide de nossos filhos para podermos suprir suas necessidades,
diga-se de passagem, alguns em seus próprios caprichos, que esquecemos de
perguntar sobre alvarás, cursos de primeiros socorros, licenças, capacitações obrigatórias,
fiscalização pelo poder público e outras normas que devem ser cumpridas para
que se possa operar uma instituição que precisa ser séria e idônea, pois, será
responsável pela vida dos nossos filhos.
É quase infinita a
abordagem desse assunto, aqui não conseguimos estender aos asilos, escolas, clínicas,
hospitais que operam em sua capacidade máxima tanto física quanto mental de
seus profissionais onde alguns que amamos podem acabar entrando e nunca mais
sair. Não sabemos quando será nosso último beijinho, aceno, sorriso ou choro.
Mas precisamos olhar melhor para tudo e exigir clareza nos processos e
procedimentos. É trabalhoso, eu sei, cansativo, perigoso, mas, é necessário,
pois, somos uma civilização em pleno processo de auto extermínio quando
permitimos e somos complacentes com todas essas questões.
