Aquelas a quem confiaria um filho
na certeza que não seria abusado?
As que nos defenderiam cegamente na
certeza de que não cometemos os atos
dos quais fomos acusados?
Olá, queridos leitores! Sempre gosto de trazer assuntos polêmicos ou que sirvam para refletir, se não sociais, pessoais. Há alguns dias tenho estado introspectiva, procurando nos meus pensamentos coisas que possam ser divididas e o que eu encontrei me deixou com medo.
Todos os dias tenho observado as pessoas ao meu redor, porque essa é minha realidade, embora muitas coisas venham pelas redes sociais, porém, sobre essas não vejo muita sinceridade. Poucas são as coisas que podem ser consideradas da alma, poucas são as pessoas que podemos admirar sem medo de enganos ou armações. Sempre há alguma intenção, malícia ou desejo por traz das atitudes.
Creio que a humanidade sempre viveu dessa forma, pois, seria impossível que isso tenha começado a acontecer agora. Existe uma enganação no ar que prolifera por todos os lugares, todos os meios, de inúmeros aspectos. Podemos perceber isso claramente na política, está escancarado, é fétida. Mas e nosso sistema judiciário? E as leis que são criadas nesse país com propósitos e interpretações completamente distorcidas? Profissionais que saem de suas faculdades e, ao invés de tornarem-se catedráticos nos assuntos pertinentes aos seus cursos, acabam sucumbindo ao sistema e se tornando zumbis completamente despreparados destinados a nos defender, outros zumbis cegos de tudo, perante a lei, onde navegamos conforme a maré porque é mais fácil seguir o fluxo do que sermos firmes em nossas próprias opiniões para não parecermos ridículos perante uma cínica moral orquestrada por falsos princípios hediondos.
Onde estão as pessoas de verdade? Aquelas a quem confiaria um filho na certeza que não seria abusado? As que nos defenderiam cegamente na certeza de que não cometemos os atos dos quais fomos acusados? Aquelas a quem confiaria minha casa sabendo que seria mais bem cuidada do que eu mesma poderia fazer, só pelo fato de depositar confiança a elas sobre as minhas coisas? Onde estão as pessoas dignas de liderarem outras pessoas, sem “rabo preso” com ninguém, honestas e com bravura? Onde estão as instituições sólidas, verdadeiros educandários com honra e severidade, que criam mentes incorruptíveis e pensantes?
Não adianta o mundo tecnológico e digital evoluir tanto se entregamos nossas vidas à inteligência artificial, se paramos de exercer bom caráter e bom senso. Estamos sendo hipócritas, estamos enganando a nós mesmos quando pregamos “moral de cueca”, e me incluo nisso. Penso que ainda estamos debilmente no comando e precisamos salvar-nos, moral, espiritual e mentalmente. Uma dica: talvez possamos iniciar conosco, exercendo honestidade, humanidade, solidariedade e valores. Dobrando nossa língua de víboras e melhorando nosso caráter antes de acusar os outros pelas nossas tragédias. Assumindo a nós mesmos. Creio que é assim que tudo começa. Do contrário... “hasta la vista baby”.